A História: K é incumbido de desvendar a verdade
por detrás do nascimento de uma criança cuja existência pode modificar a vida
de todos. A sua investigação leva-o até Rick Deckard, cujo paradeiro é
desconhecido, mas há mais gente interessada na tal criança e em encontrar Rick.
Os Actores: Pois é, Ryan Gosling é um gajo giro,
com uma atitude “cool” que se repete de filme para filme e que começa a
tornar-se irritante. Neste filme está praticamente inexpressivo e quando
contracena com o veterano Harrison Ford, este revela muito mais emoções que
ele. Jared Leto também aparece, mas não marca presença. São as meninas, e giras
que elas são, que mais chamam a atenção. Sykvia Hoeks é a “mázona” de serviço, Ana
de Armas o doce holograma Joi e Mackenzie Davis uma compreensiva prostituta que
me fez lembrar Daryl Hannah.
O Filme: Parece mentira que já foi há 35 anos
que o BLADE RUNNER estreou e que este continua a influenciar o cinema do género;
quase que se pode dizer que, pelo menos em termos visuais, houve cinema de ficção-científica
antes do BLADE RUNNER e depois dele. Agora temos a sua sequela e duvido que
tenha o mesmo impacto que o original.
Visualmente forte (o trabalho de fotografia de Roger Deakins é fantástico) e com um bom
argumento, que levanta uma questão interessante (podem os androides terem
filhos?), falta-lhe o lado de “film noir” que fazia toda a diferença no
original. O personagem de Rick Deckard seguia as pisadas dos detectives personificados
por Humphrey Bogart e a ligação entre eles e nós público era imediata. Isso não
se passa aqui, o ar frio de K não criou empatia comigo e por isso o seu destino
foi-me indiferente. Tecnicamente perfeito, falta-lhe um coração emocional que
nos mantenha acordados durante quase três horas e não havia necessidade de ser
tão longo. Bonito de ser ver, mas demasiado lento e sem suspense. Talvez
levante questões filosóficas profundas, mas devia-o fazer de forma mais
estimulante. Uma bonita decepção!
Concordo inteiramente consigo, Jorge. Vi agora o filme e por pouco não o abandonei a meio. O filme tem várias qualidades mas, para mim, é muito aborrecido. Vi FC bem melhor este ano nas salas.
ReplyDeleteÉ bom saber que não estou sozinho.
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