A História: Anos 60. Numas
instalações ultra-secretas, Elisa, uma criada de limpeza, cria uma forte relação
com uma criatura anfíbia que se encontra aprisionada. Ao saber que pretendem matar
a criatura, Elisa decide salvá-la.
O Filme: Faz muito tempo
que não me apaixonava tanto por um filme, mas é impossível resistir à magia
desta fabulosa história de amor! O grande Guillermo del Toro, dá-nos um filme
apaixonante, poético, nostálgico, que respira cinema clássico por todos os seus
poros.
Desde a onírica
abertura subaquática ao emocionante clímax, todos os pormenores são
cuidadosamente criados por del Toro e a excelente equipa que o acompanha. Não há
nada que não seja perfeito e o filme está recheado de momentos simplesmente
fabulosos, sejam românticos, dramáticos ou mesmo deliciosamente musicais.
A galeria de
personagens é inesquecível, com uma fantástica Sally Hawkins no papel da muda, apaixonada e sonhadora Elisa. Octavia Spencer é fabulosa como a sua melhor
amiga e Richard Jenkins um verdadeiro achado como o seu melhor amigo. Estes três
actores estão justamente nomeados para os Óscares. No papel do mau da fita,
Michael Shannon é verdadeiramente odioso e Michael Stuhlbarg é muito
convincente como o espião russo com consciência. Uma última palavra para Doug
Jones como a doce criatura.
A música de
Alexandre Desplat é mágica e todo o lado cénico do filme é brilhante, criando uma
fabulosa atmosfera de fantasia. É como se tratasse de um conto de fadas, que em
estilo me fez lembrar o LE FABULEUX DESTIN D’AMÉLIE POULAIN, mas que é também
uma maravilhosa carta de amor ao cinema, visualmente brilhante!
Del Toro escolheu
também uma série de “velhas” canções que trazem de volta a glória dos musicais
da FOX e das suas estrelas Alice Faye, Betty Grable e Carmen Miranda.
Para mim
este filme é puro êxtase e é dos melhores que vi nos últimos anos! Podem não
perceber o que me fez apaixonar por este filme, mas basta verem a cena em que
Elisa encontra a criatura na sala vazia do velho cinema, enquanto no ecrã
gigante passam cenas do THE STORY OF RUTH, ou quando ela e o seu melhor amigo
fazem um pequeno número musical sentados no sofá, para perceberem o que senti. Ou os inesquecíveis encontros de Elisa com a criatura no laboratório...
Vejam por vocês e
deixem-se arrebatar pela magia deste novo clássico do cinema! Obrigado
Guillermo del Toro! Simplesmente amei!
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