Duas miúdas desaparecem nos bosques e só aparecem três dias depois, sem memória de onde estiveram e do que lhes aconteceu. Cedo começam a demonstrar um comportamento estranho e os seus pais acabam por acreditar que elas foram possuídas por um demónio.
É verdade, não precisávamos de uma sequela ao clássico O EXORCISTA de William Friedkin, mas o realizador/argumentista David Gordon Green, que foi o responsável pela última trilogia do HALLOWEEN, deve ter acreditado que iria ter sorte com uma nova trilogia que nos leva de regresso ao demónio que possuiu a jovem Regan no filme original. Assim, conseguiu convencer Ellen Burstyn, a actriz que deu vida à personagem da mãe de Regan, e (já não é segredo) Linda Blair (a Regan original) a entrarem no seu filme, mas na realidade Burstyn é completamente desperdiçada e Blair aparece por segundos. Pelo menos neste primeiro título da sua trilogia, a presença destas duas actrizes parece servir apenas para fazer uma ligação directa, mas desnecessária, ao filme de Friedkin. Dei por mim a pensar que talvez a ideia para o próximo capítulo seja que Regan seja na realidade um demónio que veio para dar cabo da sua mãe, que convenientemente está cega para não perceber isso... mas isto sou eu a divagar.
Voltando ao filme, falta-lhe atmosfera, suspense e emoção. Até que não começa mal, mas a partir do momento que entramos na longa sequência do exorcismo, somos prendados por vários tipos de cultos religiosos (estamos na época da inclusão) e uma série de efeitos especiais que usam todos os truques de filmes do género e não me convenceram. Quanto ao elenco, as miúdas Lidya Jewett e Olivia O’Neill não são muito boas, principalmente O’Neill. Os adultos, com excepção de Burstyn, também não são muito convincentes.
A Green pode ter-lhe parecido um bom dia para um exorcismo, mas o resultado final falha em várias frentes e prova uma vez mais a qualidade intemporal do original, que é provavelmente o melhor filme de terror da história do cinema!
Classificação: 4 (de 1 a 10)
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