Um jovem casal muda de casa com os seus três filhos e, após um pequeno acidente doméstico, o filho mais velho fica em coma. A partir desse momento, coisas estranhas começam a acontecer na casa e a mãe consegue convencer o marido a mudar de casa. O problema é que a assombração continua na outra casa e vai-se tornando mais violenta. Com a ajuda de uma médium, chegam à conclusão que quem está assombrado não é a casa, mas sim o seu filho.
Assim que o título do filme, em grandes e orgânicas letras vermelhas, apareceu no grande écran, acompanhado de uma mais que eficaz música, senti-me transportado para o velho cinema Éden e para o cinema de terror que por lá (e noutras salas) vi nos anos 80. O que eu não esperava é que este filme estivesse à altura dessa sensação, mas acredito que o realizador James Wan e o argumentista Leigh Whannell (a dupla responsável pelo primeiro SAW e por DEAD SILENCE) devem ter vivido os mesmos filmes que eu.
Eles dão-nos um filme simples, sem gore, mas extremamente eficaz. O suspense começa quase no início, bem como os calafrios que me gelaram a espinha (e continuaram a fazê-lo um bom bocado depois de o filme terminar), e ficamos agarrados na cadeira até ao arrepiante final. Os cagaços são muitos e a tensão é palpável. O elenco é convincente e é interessante encontrar aqui Barbara Hershey, que nos anos 80 foi vítima de um espírito no interessante THE ENTITY. A fotografia meio suja e a música ajudam a criar o ambiente, do qual Wan tira o melhor proveito, transportando-nos para uma época onde os filmes de terror eram suposto assustar-nos e não enojar-nos. Há aqui uma ambiência pegajosa (a fazer lembrar os filmes de Lúcio Fulci) que se cola a nós e não nos quer largar.
Este é sem dúvida o melhor filme de terror dos últimos anos e desde THE DESCENT que não me arrepiava tanto. Adoro quando um filme me provoca esta reacção, faz-me ter de novo fé neste género e fico cheio de vontade de ver mais filmes de terror. A NÃO PERDER! Classificação: 9 (de 1 a 10)
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