Labels

Showing posts with label E. Show all posts
Showing posts with label E. Show all posts

Sunday, October 15, 2023

O EXORCISTA: CRENTE (The Exorcist: Believer) de David Gordon Green

Duas miúdas desaparecem nos bosques e só aparecem três dias depois, sem memória de onde estiveram e do que lhes aconteceu. Cedo começam a demonstrar um comportamento estranho e os seus pais acabam por acreditar que elas foram possuídas por um demónio.

É verdade, não precisávamos de uma sequela ao clássico O EXORCISTA de William Friedkin, mas o realizador/argumentista David Gordon Green, que foi o responsável pela última trilogia do HALLOWEEN, deve ter acreditado que iria ter sorte com uma nova trilogia que nos leva de regresso ao demónio que possuiu a jovem Regan no filme original. Assim, conseguiu convencer Ellen Burstyn, a actriz que deu vida à personagem da mãe de Regan, e (já não é segredo) Linda Blair (a Regan original) a entrarem no seu filme, mas na realidade Burstyn é completamente desperdiçada e Blair aparece por segundos. Pelo menos neste primeiro título da sua trilogia, a presença destas duas actrizes parece servir apenas para fazer uma ligação directa, mas desnecessária, ao filme de Friedkin. Dei por mim a pensar que talvez a ideia para o próximo capítulo seja que Regan seja na realidade um demónio que veio para dar cabo da sua mãe, que convenientemente está cega para não perceber isso... mas isto sou eu a divagar.

Voltando ao filme, falta-lhe atmosfera, suspense e emoção. Até que não começa mal, mas a partir do momento que entramos na longa sequência do exorcismo, somos prendados por vários tipos de cultos religiosos (estamos na época da inclusão) e uma série de efeitos especiais que usam todos os truques de filmes do género e não me convenceram. Quanto ao elenco, as miúdas Lidya Jewett e Olivia O’Neill não são muito boas, principalmente O’Neill. Os adultos, com excepção de Burstyn, também não são muito convincentes. 

A Green pode ter-lhe parecido um bom dia para um exorcismo, mas o resultado final falha em várias frentes e prova uma vez mais a qualidade intemporal do original, que é provavelmente o melhor filme de terror da história do cinema!

Classificação: 4 (de 1 a 10)









Sunday, September 17, 2023

EVIL DEAD RISE – O DESPERTAR (Evil Dead Rise) de Lee Cronin

Num velho e decadente prédio, os demónios do Livro dos Mortos são acidentalmente trazidos ao mundo dos vivos, possuindo uma de duas irmãs, tendo a outra que lutar pela sua vida e a dos seus sobrinhos.

Ora aqui está uma sequela fiel ao espírito do original, em tom mais sério, mas com muito sangue e carne à mistura. Eu talvez não tivesse feito a sequência de abertura, mesmo com todas as suas referências ao original, mas é divertida e dá-nos logo o tom do filme. O suspense pode não ser muito, mas há calafrios e os demónios são do caraças!

O elenco é eficaz, principalmente Alyssa Sutherland como a mana possuída, e foi com gozo e gosto que vivi ao seu lado os terrores de uma noite assustadora. Aconselhado a todos os amantes do género!

Classificação: 8 (de 1 a 10)











































MUITOS TERRORES, POUCOS MEDOS: SORRI, HALLOWEEN: O FINAL, WEREWOLF BY NIGHT E OUTROS

Talvez porque nos estamos a aproximar do Dia das Bruxas, os filmes de terror têm aparecido regularmente tanto nos cinemas como nos canais de streaming. Para os apaixonados do género como eu, é sempre uma boa altura para nos deliciarmos ou não com novos filmes, alguns são originais, outros sequelas ou prequelas e a inevitável remake. Dos oito que vi nas últimas semanas, só um é que me provocou calafrios e foi também o melhor deles, chama-se SORRI e dele falarei mais à frente. Como se costuma dizer, vou deixar o melhor para o fim.

Os que de que menos gostei, foram duas comédias sobrenaturais, TRÊS BRUXAS LOUCAS 2 e O EXORCISMO DA MINHA MELHOR AMIGA, e a prequela ORFÃ: A ORIGEM. Ambas as comédias pouca ou nenhuma graça têm. Na primeira pelo menos temos a Bette MIddler e um número musical de homenagem ao “Thriller” do Michael Jackson, mas a história é fraca e estas bruxas mereciam melhor. Já O EXORCISMO DA MINHA MELHOR AMIGA, é um falhanço completo, irritante e chato; a ideia até que tinha potencial, mas não a souberam explorar; bem, na verdade é um filme para adolescentes, podem ser que eles gostem. Por fim a ORFÃ está de volta sem o segredo que dava graça ao primeiro filme, mas com um twist interessante que podia ter sido mais bem aproveitado. A sequência de abertura é descartável e arruína a premissa do filme, de que a nova família seria a primeira vítima da “querida” sinistra Esther.

O EXORCISMO DA MINHA MELHOR AMIGA (My Best friend’s Exorcism) de Damon Thomas - Classificação: 1 (de 1 a 10)

ORFÃ: A ORIGEM (Orphan: First Kill) de William Brent Bell - Classificação: 3 (de 1 a 10)

TRÊS BRUXAS LOUCAS 2 (Hocus Pocus 2) de Anne Fletcher - Classificação: 3 (de 1 a 10)











HALLOWEEN: O FINAL (Halloween Ends) de David Gordon Green

Aquela que promete ser a última sequela do HALLOWEEN, tem em Jamie Lee Curtis a sua mais-valia e, sem querer revelar nada, não me chateou as “liberdades” tomadas pelos seus criadores. 

Infelizmente o suspense é nulo e o que podia ser um mistério, não o é. 

O futuro dirá se haverá mais sequelas, mas gostava de ver alguém pegar na ideia do HALLOWEEN III e criar novos filmes nessa linha. 

Classificação: 5 (de 1 a 10)
















WEREWOLF BY NIGHT de Michael Giacchino

Da Marvel chegou-nos uma nostálgica homenagem aos filmes de terror da Universal, WEREWOLF BY NIGHT, neste caso particular ao lobisomem. 

Filmado em glorioso preto-e-branco e com um bom elenco, peca por não explorar os seus personagens e pela completa ausência de suspense. 

Esperava mais da transformação deste novo lobisomem e dispensava os seus saltos tipo super-herói... esperem, isto é Marvel, está tudo dito!  

Classificação: 4 (de 1 a 10)











BOA NOITE, MAMÃ! (Goodnight Mommy) de Matt Sobel

Confesso que não vi o original GOODNIGHT MOMMY e talvez por isso tenha ficado agradavelmente surpreendido com a remake americana. 

Mesmo sem ter visto o original, a história de gémeos que acreditam que a sua mãe foi substituída por uma dupla é previsível, mas segue-se com interesse e o elenco agarra bem os personagens. Recomendo!

Classificação: 6 (de 1 a 10)

O TELEFONE DE MR. HARRIGAN (Mr. Harrigan’s Phone) de John Lee Hancock

Outro filme que me agradou, é mais drama do que terror, mas tem o seu quê de sobrenatural e é baseado num conto de Stephen King. 

Estou a falar de O TELEFONE DE MR. HARRIGAN, onde um jovem consegue contactar com o falecido Sr. Harrigan pelo seu telefone. Donald Sutherland está em boa forma e Jaeden Martell facilmente capta a nossa simpatia.

Classificação: 6 (de 1 a 10)

SORRI (Smile) de Parker Finn

Para terminar volto ao SORRI, onde uma jovem médica se vê assombrada por uma entidade com um sorriso capaz de causar calafrios e entra numa espiral de loucura. Finalmente um bom filme de terror, que assusta, mete medo, tem suspense e personagens que desejamos que sobrevivam. 

É o filme de estreia do realizador Parker Finn e mal posso esperar pelos seus próximos trabalhos. Tendo em conta o dinheiro que está a fazer nos Estados Unidos, acredito que não faltará uma sequela; por mim deixava a coisa ficar por aqui. Recomendado a todos os fãs do género!

Classificação: 8 (de 1 a 10)




Saturday, January 19, 2019

ESCAPE ROOM by Adam Robitel

The Plot: Six strangers are invited to participate on a “escape room” game, but soon they discovered that the game is for real and they must fight for their survival.

The Movie: I didn’t expect much from this movie; I thought it was a new CUBE or SAW, but, fortunately, it’s better than those movies. 
If, like me, you have been in an escape room you know you’re at a mercy of the people who’ll open the door when the game ends, and, for me, it was claustrophobic. Now imagine that, suddenly, you realize you’re at the mercy of people with bad intentions who don’t have any intention of letting you escape. That’s the premise of this horror thriller and, thanks to a group of interesting characters and a logic approach, director Adam Robitel manages to build some suspense and get our attention.
The cast lead by Taylor Russell and Logan Miller gives believable performances, making us care for what might happen to their characters. It’s not a new classic, but I enjoyed the ride.

My Rate: 6 (from 1 to 10)


Sunday, November 4, 2018

THE ENDLESS by Justin Benson and Aaron Moorhead

The Plot:Two brothers who, ten years ago escaped from an UFO death cult, return to the place where they were raised to face the truth behind it.

The Movie:Well, I guess that by now the readers of my blog already know I’m not a big fan of slow movies. This one is part of those slow and long (do they really needed almost two hours to tell the story?) movies, that kind of drags along the way to end in less than 10 minutes of climax (I know, some people climax in less time, but that’s out of context, sorry).
I haven’t seen Justin Benson & Aaron Moorhead previous movie, SPRING, but I believe their movie would benefit from a better editing. The story is intriguing, and the influence of H. P. Lovecraft is evident. What kept me awake was the fact that I was really curious about what was going on and the subject of religious cults always got my attention. Call me crazy, but I detected some homoerotic tension between the characters of Justin (the older brother) and Hal (who may be the cult leader).
The two directors are, among other things, the main actors of the movie and they are all right. Tate Ellington as Hal and Callier Hernandez as Anna are convincing in their roles and the rest of the cast isn’t bad.
I enjoyed the strangeness of the movie, but I believe it could have been much better, in fact the material deserved better.

My Rate: 5 (from 1 to 10)




Sunday, July 29, 2018

LES YEUX SANS VISAGE (Eyes Without a Face / Olhos Sem Rosto) by Georges Franju

This is one of those classics that I always heard about and, even without seeing it, I could see its shadow in other movies like, for example, Pedro Almodovar’s LA PIEL QUE HABITO. Curiously, it had to wait all these years to be shown on Portugal’s cinema circuit and, finally, I was able to see it and I really enjoyed it.

You probably know the story. A surgeon, whose daughter had a terrible accident that left her disfigured, tries by all means to give her a new perfect face. With the help of his lover, he kidnaps girls and then scalps her faces off.

Filmed in beautiful black and white, the film has an eerie atmosphere that haunts the characters. The word oneiric has been used many times related to this movie and it makes perfect sense. There’s a dreamlike quality that makes it look kind of artificial, almost surrealistic, but at the same time it takes hold of us until the weird poetic finale.

I think this is the first film directed by Georges Franju that I see and, although I’m not a fan of slow rhythm movies, now I want to see more from him. His work in this movie has influenced many directors and movies and, I guess, at the time of its production, 1960, it shocked many filmgoers with its realistic scalps. The quality of the special effects surprised me. I was also pleasantly surprised to realize that it aged well, and it isn’t as dated has I thought it would be.

Probably, the most dated thing about the movie is the acting. Pierre Brasseur, Alida Valli and Edith Scob aren’t very natural in their performances, but their acting matches with the style of the movie. I will never forget the last scenes with Scob, as the disfigured daughter, moving like a ghost through the sets.

It may have been made in the 60s, but it’s a strong genre movie and it deserves its classic status!

My Rate: 7 (de 1 a 10





Saturday, March 4, 2017

OS OLHOS DE MINHA MÃE (The Eyes of My Mother) de Nicolas Pesce

A História: A mãe da pequena Francisca é assassinada e o criminoso é aprisionado pelo seu pai no celeiro da quinta. Anos mais tarde, o criminoso é a única companhia de Francisca e quando este morre, ela sente-se terrivelmente sozinha.

Os Actores: No papel de Francisca, a actriz de origem portuguesa Kika Magalhaes, tem uma beleza estranha que assenta que nem uma luva na sua personagem. Com poucas falas, mas sempre com um olhar intenso e expressivo, ela faz-nos acreditar na solidão e psicose da sua personagem, que bem podia ser um membro da família do TEXAS CHAINSAW MASSACRE. O restante elenco limita-se a dar-lhe apoio.

O Filme: Sempre tive um fraquinho por filmes a preto e branco, especialmente se forem de terror, que é aqui o caso. Para a sua estreia na realização, Nicolas Pesce dá-nos um drama negro e perturbante que me fez lembrar filmes como ERASERHEAD de David Lynch, PSYCHO de Alfred Hitchcock e WHAT EVER HAPPENED TO BABY JANE? de Robert Aldrich, sem copiar nenhum deles. O filme tem uma atmosfera pesada, para o que muito contribui o excelente trabalho de fotografia de Zach Kuperstein, que me causou uma estranha sensação de mal-estar. Há algo de doentio que parece emanar do filme e que por vezes me fez sentir culpado de o estar a ver. A história pode não ser muito original, mas Pesce consegue criar um ambiente claustrofóbico, tétrico, macabro, de onde parece não haver saída possível. Não adorei o filme, mas há algo nele que não nos deixa indiferentes e isso é de louvar. Um amigo meu diz que o filme é totalmente psicótico e eu não podia estar mais de acordo.

Classificação: 6 (de 1 a 10)