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Saturday, October 1, 2011

OS OLHOS DE JÚLIA (Los Ojos de Júlia) de Guillem Morales


Uma mulher cega suicida-se, mas a sua irmã gémea Júlia, que sofre da mesma doença degenerativa da vista que pode levar à cegueira, acha que ela pode ter sido assassinada. Assim, começa a investigar os últimos dias de vida da irmã e fica a saber que ela se fazia acompanhar por um homem de quem ninguém se lembra. Depressa Júlia se torna alvo do assassino e a tensão leva-a ao agravamento da sua visão.

Aqui temos um bom thriller de terror, tenso e com uma boa atmosfera. O realizador Guillem Morales consegue captar o espírito de filmes como “The Spiral Staircase” e “Wait Until Dark” (onde Audrey Hepburn fazia de cega), bem como do cinema de Hitchcock (a música de Fernando Velázquez ajuda muito), deixando-nos presos ao ecrã mesmo até ao final. A forma como Morales filma os possíveis suspeitos, evitando revelar as suas feições, é eficaz e o personagem do psicopata está muito bem construída, sendo talvez um dos mais interessantes assassinos dos últimos anos. Para mim, o único defeito do filme é o facto de ser um pouco longo; não é chato, mas há uma ou outra cena que não estão lá a fazer quase nada.

O filme assenta numa excelente interpretação de Belén Rueda (lembram-se dela em “El orfanato”?) como Júlia, uma mulher desesperada e à beira de uma ataque de nervos. A seu lado, Pablo Derqui é um assassino real, assustador e louco.

É uma pena que este filme passe despercebido nas nossas salas. Não que seja um novo clássico, mas dentro do género é eficaz e termina num enervante clímax. Não há dúvida que os nossos “hermanos” sabem fazer este tipo de filmes e que o produtor Guillermo del Toro sabe muito bem a quem dar a sua bênção.  Classificação: 7 (de 1 a 10)


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