Uma mulher sedutora engata homens pelas estradas da Escócia, levando-os para uma estranha casa onde eles são absorvidos por uma estranha matéria.
Há muitos, mesmo muitos anos atrás li o livro de Michel Faber em que este filme é baseado e, com excepção da ideia base, pouco ou nada do que recordo do livro faz parte do filme. Curiosamente, isso não é mau e o resultado é talvez uma das obras mais estranhas e misteriosas que tenho visto no cinema nos últimos anos.
Com o seu ritmo lento (é verdade, não sou grande fã de ritmos lentos), a estranha e eficaz banda sonora e o olhar sedutor de uma inesquecível Scarlett Johansson, o filme hipnotiza-nos desde o indecifrável começo até ao belíssimo final.
O realizador Jonathan Glazer dá-nos um filme cheio de atmosfera, onde pouco nos é revelado, os diálogos são escassos, a fotografia é escura mas magnífica, criando imagens fortes que nos atraem, mesmo quando o que se passa é terrível (por exemplo a inesquecível sequência com o bebé).
Voltando a Johansson, dá-nos aqui a interpretação da sua carreira. Um misto de mulher sedutora, inocente, curiosa, confusa, simpática, fria e muitas mais coisas.
Tal como o título indica, este filme mete-se debaixo da nossa pele; entranha-se! É daqueles que vai provocar várias interpretações, debates empolgantes. É daqueles que se ama ou odeia, não dá espaço para o meio termo. Altamente aconselhável a quem goste de cinema fantástico e de culto, não recomendado a quem goste de filmes em que tudo é explicado. É mais um dos filmes do ano! Classificação: 8 (de 1 a 10)
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