Há alguns anos atrás, numa escavação algures nas Filipinas, um grupo de cientistas desenterraram algo de terrível que leva à destruição de uma cidade no Japão e que eles decidem manter em segredo. Agora, eles perderam o controlo dessa coisa e só o grande Godzilla pode salvar a raça humana.
Pois é, o famoso monstro criado nos anos 50 por Ishirô Honda está de volta e nunca teve tão bom aspecto. Infelizmente a história é muito fraquinha e custa a arrancar; o Godzilla demora a dar o ar da sua graça, mas quando o faz é espectacular e isso só por si vale a ida ao cinema. A outra criatura, Muto, também é bem conseguida e juntos salvam o filme do fracasso.
Num filme que vive dos efeitos especiais, tão excelentes como era de esperar, é estranho encontrar um elenco recheado de actores de qualidade: Bryan Cranston, Ken Watanabe, Sally Hawkins, David Strathaim e Juliette Binoche (numa curta aparição). Tendo em conta que todos interpretam personagens estereotipados e completamente desinteressantes, porque razão é que gastaram dinheiro neles e desperdiçam o seu talento? Provavelmente foi para dar algum prestígio ao filme e atrair um público mais vasto, mas não resulta. Quanto a Aaron Taylor-Johnson, um bonzão de olhar frio, é o herói que nunca nos emociona e Elizabeth Olsen como a sua mulher, pouco ou nada tem para fazer.
Como já devem ter percebido, a melhor coisa do filme são os monstros, pois não temos momentos de suspense nem de grande emoção. Para além disso, curiosamente, o realizador apostou num cuidadoso trabalho de fotografia, montagem e encenação com resultados por vezes brilhantes: os pára-quedistas sobre San Francisco, a ponte com o comboio que carrega os mísseis, Godzilla e os balões vermelhos de Chinatown, Godzilla a passar por baixo dos barcos.
Não é uma decepção, mas necessitava de um argumento mais interessante. No género, prefiro o recente PACIFIC RIM. Classificação: 5 (de 1 a 10)
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