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Sunday, February 4, 2018

A FORMA DA ÁGUA (The Shape of Water) de Guillermo del Toro

A História: Anos 60. Numas instalações ultra-secretas, Elisa, uma criada de limpeza, cria uma forte relação com uma criatura anfíbia que se encontra aprisionada. Ao saber que pretendem matar a criatura, Elisa decide salvá-la.

O Filme: Faz muito tempo que não me apaixonava tanto por um filme, mas é impossível resistir à magia desta fabulosa história de amor! O grande Guillermo del Toro, dá-nos um filme apaixonante, poético, nostálgico, que respira cinema clássico por todos os seus poros.
Desde a onírica abertura subaquática ao emocionante clímax, todos os pormenores são cuidadosamente criados por del Toro e a excelente equipa que o acompanha. Não há nada que não seja perfeito e o filme está recheado de momentos simplesmente fabulosos, sejam românticos, dramáticos ou mesmo deliciosamente musicais.
A galeria de personagens é inesquecível, com uma fantástica Sally Hawkins no papel da muda, apaixonada e sonhadora Elisa. Octavia Spencer é fabulosa como a sua melhor amiga e Richard Jenkins um verdadeiro achado como o seu melhor amigo. Estes três actores estão justamente nomeados para os Óscares. No papel do mau da fita, Michael Shannon é verdadeiramente odioso e Michael Stuhlbarg é muito convincente como o espião russo com consciência. Uma última palavra para Doug Jones como a doce criatura.
A música de Alexandre Desplat é mágica e todo o lado cénico do filme é brilhante, criando uma fabulosa atmosfera de fantasia. É como se tratasse de um conto de fadas, que em estilo me fez lembrar o LE FABULEUX DESTIN D’AMÉLIE POULAIN, mas que é também uma maravilhosa carta de amor ao cinema, visualmente brilhante!
Del Toro escolheu também uma série de “velhas” canções que trazem de volta a glória dos musicais da FOX e das suas estrelas Alice Faye, Betty Grable e Carmen Miranda. 
Para mim este filme é puro êxtase e é dos melhores que vi nos últimos anos! Podem não perceber o que me fez apaixonar por este filme, mas basta verem a cena em que Elisa encontra a criatura na sala vazia do velho cinema, enquanto no ecrã gigante passam cenas do THE STORY OF RUTH, ou quando ela e o seu melhor amigo fazem um pequeno número musical sentados no sofá, para perceberem o que senti. Ou os inesquecíveis encontros de Elisa com a  criatura no laboratório...
Vejam por vocês e deixem-se arrebatar pela magia deste novo clássico do cinema! Obrigado Guillermo del Toro! Simplesmente amei!

Classificação: 10 (de 1 a 10)





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