Um grupo de personagens vive diferentes vidas em diferentes épocas, as suas acções e escolhas provocando situações que alteram a vida dos outros. Uns são bons, outros heróis, uns são sempre maus, outros transformam-se em pessoas melhores e outros parecem não ter grande importância no decorrer dos acontecimentos.
Com quase três horas de duração, este misto de ficção científica e drama, é um projecto falhado, pelo menos para mim. Visualmente interessante e com um elenco notável, o filme tinha tudo para se tornar num acontecimento, mas não me parece que as escolhas dos seus realizadores (uns responsáveis pelo MATRIX e outro pelo RUN, LOLA, RUN) não foram as mais acertadas. Estamos perante uma série de clichés cinematográficos, sem originalidade, que roçam a lamechice e o moralismo exagerado.
Curiosamente, o filme não é chato e a sua longa duração não o torna pesado, devendo-se isso ao grupo de actores que dão vida às muitas personagens que o habitam, por vezes debaixo de um excelente trabalho de maquilhagem. Entre estes, destaque natural para Tom Hanks, que mostra toda a sua versatilidade numa série de papéis que fogem aquilo a que estamos habituados a vê-lo; o meu preferido é o escritor que se vinga num crítico literário (a melhor cena do filme). A seu lado, Halle Berry tenta recuperar a sua carreira, enquanto Susan Sarandon e Hugh Grant vêem os seus talentos subaproveitados.
As referências cinematográficas são muitas, mas a mais marcante é a do famoso SOYLENT GREEN (por cá chamou-se À BEIRA DO FIM), mas mais não vou revelar. Não é um mau filme, os seus realizadores aproveitaram bem os grandes meios de produção postos à sua disposição, mas é pouco emocionante e acaba por ser decepcionante. Classificação: 5 (de 1 a 10)
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