Após ter cometido um crime, o pai de duas pequenas meninas foge com elas para os bosques e refugia-se numa casa abandonada, com o intuito de as matar e em seguida suicidar-se. No entanto, uma entidade sobrenatural que vive nessa casa impede-o de o fazer, salvando as meninas e criando-as como se fossem dela. Anos mais tarde, as meninas são encontradas e entregues à custódia do seu tio e de Annabel, a sua namorada; mas a Mamã segue-as, decidida a não perdê-las.
Aqui temos um bom exemplo de cinema de terror sobrenatural, com personagens bem construídas, atmosfera pesada, fabulosos efeitos sonoros, uma história interessante, momentos arrepiantes, suspense e um bom elenco capaz de tornar plausível tudo aquilo que se passa. Na verdade, esta realização de Andrés Muschietti, baseada na sua curta- metragem do mesmo nome (que podem ver em baixo), é bastante promissora e tinha-me completamente na mão, até que chegámos ao final e aí tive uma decepção.
Os últimos 15/10 minutos são uma desilusão e quase arruínam o filme. O terror dá lugar ao fantástico onírico/doce e o resultado é um verdadeiro anti-clímax. A entidade sobrenatural, a Mamã do título, deixa as sombras e aparece num irreal CGI, que lhe tira mistério e credibilidade. É uma pena, pois o filme prometia ser um dos melhores do género dos últimos anos. Independentemente disso, há coisas muito boas. A forma como as meninas se movem; a sequência do psicólogo na casa abandonada; a cena em que uma das meninas brinca no quarto com a Mamã, enquanto Annabel fala com a outra à porta do mesmo quarto.
Como já mencionei, o elenco é muito bom, especialmente Jessica Chastain e as miúdas, Megan Charpentier e Isabelle Nélisse. Chastain tem-se revelado uma das mais versáteis actrizes da sua geração e aqui revela-nos uma nova faceta, tão boa quanto as outras. Quanto ao jeitoso Nikolaj Coster-Waldau, é convincente no duplo papel de pai e tio das meninas.
Se não fosse o final, este filme podia ser tão bom... Isto irrita-me! Classificação: 6 (de 1 a 10)
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