LUCY de Luc Besson

Forçada por um amigo, Lucy vê-se vítima de um cartel de droga asiático e é-lhe implantado no estômago um saco com um nova droga. Acontece que, ao ser espancada por um dos seus captores, o saco rompe-se e a droga infiltra-se no seu corpo, com resultados surpreendentes.

Depois do divertido MALAVITA (The Family), Luc Besson está de volta aos nossos cinemas, desta vez com um filme de ficção científica com uma premissa interessante, mas com uma concepção falhada. Talvez seja demasiado existencialista para os meus pobres neurónios, mas para um filme destes me convencer tem que conseguir prender-me pelo lado do suspense e da emoção; infelizmente  não senti nada disso. Besson sabe dirigir cenas de acção vertiginosas, mas achei a sua realização gratuita (as cenas de coito animal), exagerada (a perseguição de carros) e ridícula (a cena do hospital com os “maus” a pairarem no ar). Algures por aqui há um bom filme, mas não o que eu vi com os meus olhos.

Claro que a presença de Scarlett Johansson (julgo que este é o quarto filme do género onde a vi este ano) é um elemento positivo e ela está excelente. Para além das cenas de acção, ela também revela os seus dotes emocionais (o telefonema à mãe) e é sem dúvida uma das melhores actrizes da sua geração. Morgan Freeman está aqui mais para dar prestígio ao filme do que para nos dar uma grande interpretação, mas vai bem no seu papel, uma espécie de continuação da sua personagem no TRANSCENDENCE, que abordava o mesmo tema.

Há uns anitos atrás o tema foi mais bem explorado em LIMITLESS, que aconselho verem. Quanto a esta LUCY, se gostam da Scarlett não percam, caso contrário esqueçam. Classificação: 3 (de 1 a 10)