A História: Anos 70. Um
grupo de cientistas vai sob escolta militar até uma ilha perdida no meio do
Pacífico. Uma vez aí, acordam e irritam o grande King Kong. Mas este não é a
maior ameaça da ilha.
Os Actores: Como seria
de esperar, Samuel L. Jackson “mastiga o cenário” e deve ter-se divertido
bastante com o seu personagem meio louco. John C. Reilly é um perfeito pateta
alegre e John Goodman decididamente tira um grande gozo pessoal com este tipo
de filmes. Tom Hiddleston é um herói giraço e meio rebelde, mas sem nada
que o distinga de outros que vieram antes dele. Brie Larson poderia ser o
suposto interesse amoroso deste último ou do King Kong, mas a verdade é que não
fazia falta nenhuma ao filme e parece um pouco perdida. Uma última palavra para
Toby Kebbell, não tanto pela sua interpretação de Chapman, o soldado que
escreve uma carta para o filho, mas sim pela sua interpretação como Kong.
O Filme: Ia à espera
de um festival de CGI e, se bem que este abunda, o filme não é só isso. Após o
início, a acção demora um bocado a arrancar e eu já me interrogava “onde é que
anda o Kong?”. Mas eis que este aparece em toda a sua glória e a dar cabo de
helicópteros como se estes fossem moscas. A partir daqui, o realizador Jordan
Vogt-Roberts dá-nos uma série B gozada, com suspense quando baste e uma série
de monstros “catitas” que me deram grande satisfação ver. Os argumentistas
tiveram o bom senso de não caírem no lugar comum da situação “a bela e o
monstro” e isso é de louvar; preferiram uma abordagem mais APOCALYPSE NOW, o
que torna o filme ainda mais divertido. Para aqueles que se possam interrogar
se isto é uma sequela ao remake de Peter Jackson, a resposta é não; o filme
vive por si, sem ligação directa a nenhum dos títulos anteriores. E é isto; o
filme não é mais do que aquilo que pretende ser, ou seja, cinema de aventuras
com “bicharocos”, humor, cenários exóticos, tribos perdidas e muitas explosões
para animar a malta. Não está ao nível do KING KONG original, mas gostei do que
vi. Atenção, o filme tem uma cena no final do genérico.
Classificação:
6 (de 1 a 10)
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