José e Tony são dois desempregados que assaltam uma loja de penhores, contando com a ajuda do pequeno filho de José, e acabam a fugir num táxi sendo perseguidos por dois inspectores da policia e pela ex-mulher de José. A fuga leva-os até à aldeia de Zugarramurdi, onde acabam todos nas mãos de uma horda de bruxas com gostos canibalescos.
Às vezes sabe bem, mesmo muito bem, ver um filme onde a loucura é total e deixar-nos levar pelo seu humor retorcido. O realizador Álex de la Iglesia é um especialista em comédias negras onde vale tudo e este seu novo filme mantém a tradição. Com um colorido grupo de personagens, Iglesia leva-nos numa hilariante aventura que nos mantém presos à cadeira até ao fim. O único problema é o clímax durante a longa cerimónia das bruxas, onde os efeitos especiais se sobrepõem à história; tirando isso, nada tenho a apontar a esta divertida comédia de terror. Adorei as bruxas na parede, alguns pormenores sórdidos, as cenas da casa-de-banho e o jantar que termina em caos. Também gostei muito do inspirado genérico inicial, onde uma tal Angela Merkel dá o ar da sua graça.
O elenco está em perfeita sintonia com a história. Dos principais aos secundários todos dão o seu melhor e parecem estar a divertir-se tanto como nós. Como José e Tony, Hugo Silva e Mario Casas formam uma boa parelha, bem acompanhados por Jaime Ordóñez como o supersticioso taxista. Como os inspectores, Pepón Nieto e Secon de la Rosa formam uma dupla divertida. Carmen Maura lidera e muito bem a horda das bruxas, com uma deliciosa Terele Pávez como a sua mãe e uma sexy Carolina Bang como a sua filha sexualmente excitada. Uma última palavra para Macarena Gómez como a “louca” ex-mulher de José.
São quase duas horas bem passadas no cinema e estas bruxas são excelentes para nos ajudar a desopilar e como necessitamos todos disso! Espero que estreie em breve nas nossas salas de cinema. Classificação: 7 (de 1 a 10)
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